quarta-feira, 28 de novembro de 2012




























terça-feira, 27 de novembro de 2012




E o que você considera o paraíso?

Sorte

Um dia bateram em minha porta, fui abri-la. Sabe quem era? Era a sorte!
A sorte tinha ido me visitar, uma coisa muito rara por aqui. Ela tinha me dito que realizaria todos os meus desejos, ou pelo menos me colocaria no caminho certo, pois ela estava comigo.
A princípio fiquei surpresa e super agradecida.
- Então minha jovem, diga-me o que tu queres.
- Minha sorte, eu quero ele.
A sorte olhou-me com um ar de preocupação, e balançou a cabeça negativamente.
Eu não entendia, ela havia me dito que me daria o que quisesse.
- Minha jovem, tê-lo não é questão minha, não é sorte. Isso se conquista, e não é me conquistando que irá conquistá-lo, quem manda nisso é o coração. Agora minha jovem, espere o coração dele bater em sua porta, quem sabe ele quer ser entregue a seus cuidados? Ou em vez de ficar esperando você pode bater na porta dele, e pedir o coração dele, e talvez por sorte, ele possa querer o seu também.
- Mas sorte, eu não sei onde ele mora, vejo ele na porta da minha escola, converso com ele rapidamente, pois um garoto como ele não quer saber de uma garota como eu. Além do mais, fiquei sabendo que ele iria se mudar, ir para outro estado. Não tenho chances de encontra-lo!
- Por a caso a senhorita se esqueceu que tem a sorte a seu lado?
E é com isso que eu me calo, deixando a sorte me guiar até ele.
- Mas sorte, ele se mudará hoje, não muda a situação, ele nunca será meu!
Ela não responde, nem ao menos olha para mim, me ignora totalmente, e continua andando pelas ruas, e eu a seguindo. Sei que não importe o que eu fale, ela irá me ignorar. Então deixo queto e deixo a sorte me guiar.
Até que de repente, a sorte para, e dou de cara com aquela energia dourada dela. E antes que eu possa falar mais alguma coisa, ela me diz:
- Não se esqueça que eu estou do seu lado agora, a sorte está com você.
E assim ela vai embora, me deixando sozinha.
Olho em volta, mais não a vejo.
Até que sou atropelada por um skate. Caiu no chão.
- Ai meu deus! Me desculpe!
Olho para cima e meu coração quase para. São olhos verdes que me observam. Os olhos verdes. Aqueles olhos verdes que sonho a algumas semanas. Ele me abre um sorriso avassalador, e me sinto tonta.
- Ei, você ta bem? Foi mal, ele escorregou do meu pé. Você ta machucada?
- Não, eu estou bem.
- Ótimo. - ele sorri.
- Ou, você não é aquela menina da escola?
- É, sou eu. E você não ia se mudar hoje?
- Eu ia, mais acho que a sorte está do meu lado, pois não vou mais.
- É, a sorte está do meu também.
- Eu já não tenho tanta certeza, pois eu te acertei com o skate. - ele ri
- Acho que essa foi a minha sorte, ter você para me ajudar a levantar.
- Acho que a sorte foi minha, de ter atropelado você.

“Meu bem, não se engane. 
 Não olhe para a aparência,
 Pois existe aqueles que tem várias faces amigas, 
 Carácter é perda de tempo, 
 É igual aquilo que se destrói com o tempo. 
 Agora você me pergunta então, para onde devo olhar, para o coração? 
 Mas o que é, e significa um coração para um assassino? 
 Igual uma canção sem ritmo, 
 Nada de importante e significante, só um monte de lixo. 
 Nesse jogo, no jogo dele,
 Coração é vulnerável, 
 Armadura é a mente, bloqueada e protegida com uma corrente, 
Confiar em seus instintos é necessário, 
 Confiar em você é preciso, 
 Confiar nos outros é arriscado, 
 Confiar num amor é caso perdido,
 Coração trancado a sete chaves, 
 Chaves jogadas no abismo do perigo,
 Mas o que nosso assassino não esperava, 
 Era que alguém morava nesse abismo.”
Ela subiu no telhado, a princípio teve medo, muito medo. Não medo de cair, medo de alguém a ver ali. Sentou-se e ficou observando as nuvens. Vendo como elas mudam constantemente, que só um sopro do vento pode muda-las de direção, e ficou pensando que a vida era a mesma coisa, uma nuvem, que qualquer palavra, gesto ou pessoa pode muda-la totalmente de rumo. Mas ela não gostava disso, pois nuvens eram influenciadas pelo vento. Ela gostava das cores, das cores do céu, azul, à tarde alaranjado, vermelho, roxo, amarelo. Mas as cores também eram influenciadas pelas horas. E foi pensando nas cores que um pássaro atravessou o céu. E quem era o sortudo de tudo isso, não eram as cores bonitas, nem as nuvens que assumem várias formas, mas sim o pássaro. Por poder apreciar tudo isso de tão perto, sem ser influenciado por ninguém.