É um espiral.
Um espiral sem fim.
Tenho que continuar andando,
Mesmo que as várias curvas me deixem tonta.
As coisas voam sobre minha cabeça, sem controle,
Como se não existisse gravidade.
O espiral é comprido, não consigo ver o final.
Isso me assusta.
A tontura prejudica minha visão, quase não consigo enxergar.
Vou continuar, mesmo às cegas, não vou desistir, nem deixar as lágrimas cair,
Pois eu sei que no final, eu vou te conhecer.
Sei que no final, tudo isso vai passar, e só irá me restar a calmaria do mar.
Não enxergo nada além de minha mão, mas ouço tudo, até a batida de um novo coração.
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